quinta-feira, 25 de julho de 2013

Militantes da Rede querem que Marina recuse doações de banco e empreiteira

Militantes que apoiam a criação do novo partido da ex-senadora Marina Silva, a Rede Sustentabilidade, querem que sejam vetadas doações de bancos e empreiteiras numa eventual campanha dela à Presidência em 2014. O partido em gestação já proíbe, em seu estatuto preliminar, recebimento de dinheiro de fabricantes de bebidas alcoólicas, cigarros, armas e agrotóxicos.

O assunto foi debatido em fórum realizado na segunda-feira, 22, em São Paulo, com a presença de apoiadores e políticos que devem assumir posições de comando na Rede. Bancos e empreiteiras lideram o ranking de doações para campanhas eleitorais no País. No caso das construtoras, há sempre o questionamento sobre futuros conflitos de interesse já que essas empresas são, normalmente, executoras de grandes obras públicas.

Em 2010, quando concorreu à Presidência pelo PV, Marina recebeu doações de empresas que hoje estão na lista negra da Rede: R$ 400 mil da Ambev e R$ 100 mil da Bunge Fertilizantes. As construtoras Andrade Gutierrez (R$ 1,1 milhão), Camargo Correa (R$ 1 milhão), Construcap (R$ 1 milhão) e o Itaú Unibanco (R$ 1 milhão) também deram contribuições para a campanha.

A ligação de Marina com o setor financeiro, no entanto, vai além dessa cifra. A ex-senadora é amiga de Neca Setúbal, herdeira do Itaú. É ela quem cuida de uma área essencial a qualquer partido: a captação de recursos. A participação de Neca na criação da nova legenda é defendida pelos marineiros: “Ela não é vista como filha de banqueiro, pois tem dedicação de vida exclusiva à atividade social, ligada à educação”, afirma o deputado Walter Feldman (SP), que deixa o PSDB para entrar na Rede. Neca é a não-banqueira.

Ontem, após participar de um encontro com jovens no Rio, Marina foi questionada pelo Estado sobre a nova sugestão de seus apoiadores. Ela afirmou que as regras para doações ainda estão sendo aprofundadas e admitiu que está em debate a possibilidade de a Rede só aceitar doações de pessoas físicas numa eventual campanha presidencial.

“O que nós estamos defendendo é que haja um teto de colaboração, tanto que está no nosso estatuto que haja um teto de colaboração tanto de pessoa física quanto de pessoa jurídica. Tem uma discussão que está sendo aprofundada que talvez fique só com pessoa física. Isso (regra de financiamento de campanha) será decidido no congresso (encontro do futuro partido no início de 2014)”, disse a ex-ministra.

O debate que vai ser aprofundado até o congresso (do partido novo) é se vai ser pessoa física e pessoa jurídica ou só pessoa física. Mas sendo pessoa física ou jurídica ou só pessoa física vai ter teto”, justificou.

Em 2010, a maior parte dos R$ 24,1 milhões arrecadados por Marina vieram de pessoas jurídicas. Só o vice na sua chapa, o empresário Guilherme Leal, da Natura, doou R$ 12 milhões. A ex-ministra conseguiu apenas R$ 170 mil de doações de pessoas físicas pela internet nos 58 dias em que um site ficou disponível para arrecadação.

Marina Silva disse ser a favor do financiamento público com controle social. “Porque hoje já temos parte do financiamento que é público, só que não tem controle social sobre o fundo partidário. Se é dinheiro público há que ter mecanismo de transparência, visibilidade e controle social sobre esses recursos”, pregou a provável candidata em 2014.

Apesar de a sugestão ao veto de empreiteiras e construtoras ter surgido em debate com a militância, membros da Executiva provisória da Rede dizem que mudanças no estatuto só vão começar a ser discutidas a partir de outubro, depois que o partido conseguir o registro no Tribunal Superior Eleitoral.

“Nós não estamos na fase de ampliar a lista de restrições, mas é muito provável que nos próximos meses essas questões sejam retomadas para produzir mudanças e aperfeiçoamentos no estatuto”, disse Feldman.

Segundo Bazileu Margarido, que também integrará a Executiva do futuro partido da não política, uma plataforma online será criada para funcionar como um espaço de debate sobre questões relacionadas ao estatuto e ao programa da sigla. Alterações nos documentos, no entanto, serão concretizadas apenas no primeiro semestre do ano que vem, quando a Rede fizer o balanço de um ano.

A discussão promete acirrar os ânimos entre a ala mais “sonhática” e a mais pragmática da Rede, entre a política e a não-política, entre o um ponto zero e o dois ponto zero. Feldman, por exemplo, defende que se discutam restrições a doações de setores empresariais que mantenham negócios com o poder público. Bazileu, porém, acredita que a lista não precisa ser ampliada.

“Não é razoável que se acuse a Rede de não estar se autolimitando mais do que ela já está. Por que não há uma cobrança em relação aos outros partidos para que aprovem uma reforma política que regulamente melhor essa questão de doação? Nós já estamos dando a nossa contribuição”, afirma Bazileu jogando a culpa nos outros.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Run, Marina, run: Rede de Marina consegue validar 100 mil assinaturas em cartórios

A Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva trabalha para criar, conseguiu validar em cartórios eleitorais 100 mil assinaturas de apoio, um quinto das cerca de 500 mil de que precisa para sair do papel.

Coordenadores da sigla afirmam que já foram coletadas 800 mil assinaturas, mas muitas acabam descartadas por problemas nas informações fornecidas pelos eleitores.

A Rede estima que conseguirá dar entrada no Tribunal Superior Eleitoral, com 500 mil assinaturas validadas, em meados de agosto.
Para que Marina consiga disputar a Presidência em 2014, o partido precisa ser formalizado até outubro, um ano antes das eleições.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Marina Silva sai do armário e defende supervisão internacional no Brasil

Vez por outra a turma de ambientalistas que se esconde na sombra da Marina Silva deixa aparecer uma nesga do seu radicalismo.

João de Deus Medeiros disse no Estadão que acha normal destruir plantações e áreas agrícolas para plantar florestas no país que mais tem florestas preservadas no planeta (Leiam).

André Lima questionou no twitter a legitimidade da democracia brasileira pela qual nossa sociedade tanto lutou no passado recente.

Derrotados nas urnas e sem partido a turma de fundamentalistas de meio ambiente de Marina Silva começou um guerra contra um dos pilares da democracia nacional, o Legislativo.


Mas dessa vez foi a própria Marina Silva quem mostrou as presas do lobo que esconde sob a imagem de Dalai Lama que cultua. Em uma entrevista por telefone ao jornal O Globo sobre a hidroelétrica de Belo Monte, Marina Silva defendeu "uma auditoria externa, com a presença de cientistas e jornalistas do mundo todo para garantir e comprovar que os problemas sociais e ambientais foram resolvidos". Entenderam? Marina Silva quer que o Brasil abra mão de sua soberania e permita que auditores internacionais fiscalizem nossas atitudes.

Vocês imaginam os EUA permitindo que o Brasil audite suas emissões de gases de efeito estufa? Ou a França ou a Alemanha permitindo que o Brasil fiscalize e influa na sua política de subsídios agrícolas. Mas Madre Marina de Xapurí deixou escapulir que quer que o Brasil se abra para a fiscalização internacional.

Depois de receber vários alertas de que falara demais, (um deles do seu ex companheiro nos tempos de PT, José Eduardo Dutra, que publicou no twitter: "Sou amigo da Marina, mas só agora vi o absurdo que ela disse no Globo. Auditoria externa pra Belo Monte? Só falta a internacionalização da Amazônia") Marina voltou atrás. Procurou o O Globo e desdisse o que havido dito dizendo que disse auditoria externa, mas não quis dizer auditoria internacional e sim auditoria independente.

Ao esclarecer o desdito de Madre Marina de Xapurí o jornal O Globo não deixa claro que eufemismos Dona Marina pediu que o jornal usasse para "cientistas e jornalistas do mundo todo" que consta na primeira e sincera resposta à pergunta feita pelo jornal.

Essa turma é assim, por trás da imagem de beata de Marina Silva eles escondem interesse inconfessáveis. Abram o olho com essa turma. Eles ainda vão internacionalizar o Brasil depois de desantropizar a Amazônia.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

O que Marina Silva tem a ver com o preço mundial dos alimentos

Os preços dos grãos, que vêm atingindo níveis recordes em razão da queda da produção em diversas regiões do mundo, devem continuar elevados por pelo menos mais dois anos, até 2015, afirmou o Banco Mundial nesta terça-feira. A instituição avalia que são necessárias medidas emergenciais para conter a escalada das cotações.

Os preços altos do pão, da carne e de alimentos processados podem comprometer o “crescimento global e a estabilidade social”, disse o banco, mencionando que a população de regiões carentes gasta aproximadamente dois terços de sua renda com alimentação. “Não podemos permitir que o avanço dos preços dos alimentos no curto prazo torne o mundo mais pobre e vulnerável no longo prazo”, comentou em nota o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.

Segundo o banco, os preços do trigo subiram quase 50% desde meados de junho, enquanto os do milho tiveram valorização de 45%. O preço da soja, por sua vez, avançou 30% desde o início de junho e 60% desde o fim do ano passado. “Quando os preços dos alimentos sobem muito, as famílias tiram os filhos da escola e comem alimentos mais baratos e menos nutritivos, o que pode ter efeitos catastróficos ao longo da vida no bem-estar social, físico e mental de milhões de pessoas jovens.”

Atribui-se o salto das cotações ao clima desfavorável em diversas áreas agrícolas. Além da forte seca no Meio-Oeste dos Estados Unidos, o clima é adverso na Rússia, na Ucrânia e no Casaquistão. Na Índia, o volume de chuvas de monções está 20% inferior à média histórica e, na Europa, o excesso de precipitações tem prejudicado os produtores.

Em contrapartida, a alta dos grãos pode ser positiva para a renda de pequenos produtores, de acordo com o Banco Mundial. “Preços mais altos podem trazer uma renda desesperadamente necessária para produtores pobres, permitindo que invistam, aumentem sua produção e, desse modo, se tornem parte da solução para a segurança alimentar global”, afirmou.

Em tempo, alguém consegue perceber o contraste entre o cenário acima e a atuação dos fundamentalistas da clorofila no Brasil?

Por décadas ONGs como Greenpeace, WWF, SOS Mata Atlântica, ISA, Ipam, e ambientalistas como Marina Silva, Carlos Minc, Sarney Filho, João Paulo Capobianco, lutaram arduamente pela preservação do velho Código Florestal brasileiro. Todos eles sabiam que o velho texto levaria à destruição de milhares de hectares de terras agrícolas para o replantio de floresta. Isso em um país que tem mais de 60% do seu território preservado.

O ambientalismo dessa turma não pode ser confundido com o ambientalismo necessário à compatibilização da vida humana no planeta. Eles são inconsequentes e irresponsáveis. Vivem de espremer o maniqueísmo bocó entre ruralistas do mal e ambientalistas salvadores.

A proteção do meio ambiente é importante demais para ficar nas mãos dessa gente.