quarta-feira, 17 de julho de 2013

O que Marina Silva tem a ver com o preço mundial dos alimentos

Os preços dos grãos, que vêm atingindo níveis recordes em razão da queda da produção em diversas regiões do mundo, devem continuar elevados por pelo menos mais dois anos, até 2015, afirmou o Banco Mundial nesta terça-feira. A instituição avalia que são necessárias medidas emergenciais para conter a escalada das cotações.

Os preços altos do pão, da carne e de alimentos processados podem comprometer o “crescimento global e a estabilidade social”, disse o banco, mencionando que a população de regiões carentes gasta aproximadamente dois terços de sua renda com alimentação. “Não podemos permitir que o avanço dos preços dos alimentos no curto prazo torne o mundo mais pobre e vulnerável no longo prazo”, comentou em nota o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.

Segundo o banco, os preços do trigo subiram quase 50% desde meados de junho, enquanto os do milho tiveram valorização de 45%. O preço da soja, por sua vez, avançou 30% desde o início de junho e 60% desde o fim do ano passado. “Quando os preços dos alimentos sobem muito, as famílias tiram os filhos da escola e comem alimentos mais baratos e menos nutritivos, o que pode ter efeitos catastróficos ao longo da vida no bem-estar social, físico e mental de milhões de pessoas jovens.”

Atribui-se o salto das cotações ao clima desfavorável em diversas áreas agrícolas. Além da forte seca no Meio-Oeste dos Estados Unidos, o clima é adverso na Rússia, na Ucrânia e no Casaquistão. Na Índia, o volume de chuvas de monções está 20% inferior à média histórica e, na Europa, o excesso de precipitações tem prejudicado os produtores.

Em contrapartida, a alta dos grãos pode ser positiva para a renda de pequenos produtores, de acordo com o Banco Mundial. “Preços mais altos podem trazer uma renda desesperadamente necessária para produtores pobres, permitindo que invistam, aumentem sua produção e, desse modo, se tornem parte da solução para a segurança alimentar global”, afirmou.

Em tempo, alguém consegue perceber o contraste entre o cenário acima e a atuação dos fundamentalistas da clorofila no Brasil?

Por décadas ONGs como Greenpeace, WWF, SOS Mata Atlântica, ISA, Ipam, e ambientalistas como Marina Silva, Carlos Minc, Sarney Filho, João Paulo Capobianco, lutaram arduamente pela preservação do velho Código Florestal brasileiro. Todos eles sabiam que o velho texto levaria à destruição de milhares de hectares de terras agrícolas para o replantio de floresta. Isso em um país que tem mais de 60% do seu território preservado.

O ambientalismo dessa turma não pode ser confundido com o ambientalismo necessário à compatibilização da vida humana no planeta. Eles são inconsequentes e irresponsáveis. Vivem de espremer o maniqueísmo bocó entre ruralistas do mal e ambientalistas salvadores.

A proteção do meio ambiente é importante demais para ficar nas mãos dessa gente.

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